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RIO

Rio

Deslizou entre os dedos
Rumo à correnteza revolta
Que tratou de jogar pra todos os lados.

Num mergulho violento
Destruía o fôlego
Que era cada vez menor
Cada vez mais agonizante

E já à margem,
Depois de eternos momentos submersos
Eis ali vomitado pelo rio na areia
Um corpo um tanto diferente

Anestesiado, parece não querer acordar
Poderia tê-lo segurado com mais força
Mas não seria hoje, o mesmo...


Jonas Einde

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