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Pulsa em guerra


Mesmo no silêncio da noite
Embebido em céu estrelado
Num canto embriagado...
- O esquecido coração ainda pulsa,
Num ritmo torpe.

Triste sentimento de esperança
Neste caso, poderia ser o primeiro a morrer
Levando junto qualquer sonho que tenha Você
E a felicidade, unidos em um mesmo verso.

Quantas vezes ainda direi adeus
E chorarei em velórios seus
E me enganarei com ligeiros dias de paz
Pulsando no peito um coração em guerra?

Não queria morte tão lenta pra você!

As máscaras de algoz não se adéquam ao meu rosto
E mesmo as vestindo
A cada açoite cravo
Também em minhas costas um novo corte
E em minha alma uma nova cicatriz.

9 comentários:

Anônimo disse...

ja estava com saudades de seus poemas nao consigo ficar um dia sem ler suas doces palavras.
Sabes poeta? eu acredito e quero continuar acreditando que nada morre, tudo se transforma em algo sempre melhor, na aprendizagem da vida e da natureza.
Até a morte è o renascer de algo mais belo.

ps.

Vini de Oliveira disse...

Não sei se mais belo ou menos belo. Na verdade, depende dos olhos ou do estado de espírito dos olhos do observador. Mas sou de comum acordo: NADA SE PERDE TUDO SE TRANSFORMA cabe a vc saber como vai se dar cada processo de transformação!

Grato pela leitura!

Anônimo disse...

JULENI ANDRADE Bar do Escritor
Destaco:

"Quantas vezes ainda direi adeus
E chorarei em velórios teus
E me enganarei com ligeiros dias de paz
Pulsando no peito um coração em guerra?"

Anônimo disse...

Ft - Bar do Escritor
Matar algo é como se matar.
Ser-lhe carrasco... é fazer algo não quisto...
...mas...
...inevitável.

Escolhas que doem...
...em duas almas.

Gostei do mote! rs


Não acho estar confuso, pelo contrário.
Talvez 'comendo' algumas coisas, ficaria enxutinho.
O desfecho é sensacional...
...mas os versos se espaçam, se alongam.

Não vejo confusão, mesmo.
Eu gostei disto aí. Apesar de algumas coisas estarem "a mode" do mundo.
Como um coração em ritmo torpe.
Pegue este verso e transforme... c vai ver que consegue enxergar algo mais macabro ou 'desesperançoso' que isto e pungí-lo em nós (já que é isto o que se fala no verso seguinte).
Nó de marinheiro!

Abraços!
rs


Quando falo "comum a todos" digo:

"silêncio da noite"
"céu estrelado"

Se falas do 'triste sentimento de esperança', ou de algo que parece desesperançoso... pq não usa tais palavras que transformam tudo ao seu redor?

Por que a noite não pode estar ansiosa, ou verde-musgo.. e sim, silenciosa?
Por que não um céu destrelado, ou com o cheiro das alfazemas nunca cultivadas?

Dê sua cara ao poema.
Deixe o clichê para as almas que lhe gostam.
Odeie-se.

Abraços!

Anônimo disse...

Creito - Bar do Escritor
o mote é bom, vini.

acho que o poema merece uma trabalhada...

Vini de Oliveira disse...

MASSA ft...
pior que tava sentindo isso mesmo!!!
Mas realmente era assim minha noite... simples e cheia de clichês
costumo usar outros termos, mas esse poema morre assim
ou não morre... sei não!!!!

Ps: To ligado da necessidade de lapidada que vcs sugeriram Creito...
Vou me atentar para os próximos poemas... o que o Ft falou não para de martelar na minha cabeça!


Grato pessoal...

Vini de Oliveira disse...

Mailton
(recado retirado do ORKUT)

Oi, vini;
já vi alguém sugerir uma série de abrobrinhas pra você nos tópicos do BDE, mas não acredite em tudo não!

às vezes, a falta de uma vírgula ou um artigo aqui e ali fazem toda a diferença para o entendimento do poema.

O poema, abaixo, que você postou, tá muito bom. O que ele precisava, na minha opinião, era exatamente umas micro-coisas a mais.
Veja se lhe agrada o que eu fiz. Se não, desconsidere!

Enorme abraço!

Vini de Oliveira disse...

Aceita as considerações... muito bem apontadas por vc. Já fiz as modificações no blog, pq esse artigo e essa pontuação estavam mesmo fazendo falta no lugar apontado. Sabiamente enxergue por vc!
Muitissimo grato Mailto. Como sempre ajudando muito... bebo com a experiência pra ver se aprendo alguma coisa e torno o mundo melhor!

GRACIAS AMIGO!

Ft disse...

Deste eu já falei! rsrsrs
Tá show!

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