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Sobre poeira leve



Certo dia os olhos que beijara tanto
Miraram seus próprios caminhos
E partiram.

Segui uma e outra marca perfeita
De pés tortos
Riscados no chão
Sobre poeira leve
E desisti...

O vento varreu seu rastro
O tempo ocultou a lembrança
E o que era caminho certo
Virou distorção!

Segui no sentido oposto
Disposto a não seguir pegadas!

Quem sabe no movimento de rotação
Não esteja escondendo o destino
O nosso futuro debaixo de sete palmos de terra
Para que num dia qualquer
Em que o sol acorde sorrindo
Ele venha novamente fazer sentido?

E simplesmente, num encontro repentino
À beira mar, brisa leve no rosto,
Voltaremos a falar do mesmo amor
Que um dia me ensinou
O verdadeiro significado
Da Eternidade.

4 comentários:

Anônimo disse...

Seu textos sempre tão profundos
nos deixam a pensar...
bom de ler, refletir, reler, pensar, sorrir, entristecer, enfim, gostei demais..!

PS:

Anônimo disse...

Lena Ferreira

Saudades, Vini.

Abri o post por conta do título, creia e a do rei!

Inteiro! Lindo, muito.

Beijo, querido.

Anônimo disse...

Cris...
Que lindo.
Uma suavidade gostosa.

Anônimo disse...

JULENI ANDRADE
Gostei de ter lid.

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