Nem mesmo o tempo
Posto que não sabemos o que fazer dele
Pode extinguir do peito
Um amor que ali viveu
Amores não morrem!
Não se culpe e não se esforce
Numa tentativa em vão
Querer enterrar um amor
Que habitou um coração
É querer atacar de mãos despidas
A ponta afiada de uma espada
Amores congelam,
Turvam e embaçam,
Mas morrer mesmo
De morte morrida
O amor não morre
Tem espaço em um coração
Reservado pra mil amores
Mesmo querendo pra sempre
Um mesmo amor cultivar
Podem ser, esses amores ingratos,
Esquecidos no mais profundo canto do peito
Pra que um novo amor intenso
Tenha também o seu espaço
E mesmo querendo encontrar
Um amor pra vida inteira
Não é matando a minha maneira
De me livrar de um pedaço
Alimento pouco o passado
E o hoje eu abraço
Pra surgir um lindo laço
É preciso confortar o presente
E aquele amor ausente
Vai saber o seu lugar
Ponho ingrato o amor em seu canto
O canto que lhes é de direito
Que seja envolto em esquecimento
E mal alimentado o infeliz
E nesse fraco momento
O antigo amor murchará
Lembrarei de mil eternidades
Mas amor mesmo de verdade
É esse que deita em meu colo
Em verbos conjugados no presente
Sorri o sorriso mais lindo
Pleno, leal e inteiro
Não tendo motivo mais verdadeiro
Para a um novo amor me entregar.
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