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Pobre coração poeta


Pobre coração poeta
Largado nas esquinas a cuspir versos
Pra lua,
Nas quinas de olhares lágrimas de todas as cores
Pesos, formas e dores
Tocando o chão e pedindo céu
Ao som distante de um bandolim
Falastrão... que canta pras estrelas
Ouça a canção em seu peito
De direito tem o seu instante de autocomiseração
Deve ser grande a falta que tem o poeta
Não parou um só instante de recitar saudade
Vai pegar carona na próxima brisa
Se brisa resolver aparecer
Cantou também igualmente ao bandolim
Um mês perdido no ano
Acho que foi Setembro se não me engano
Pobre coração
Está mais perdido que qualquer
Verso louco que eu ou ele tenha um dia cantado
Pobre coitado é o coração poeta
Largado nas esquinas a cuspir versos
Pra Lua e aparar com a cara.

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