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Não penso em beber da mesma fonte

Não penso em beber da mesma fonte
Nem se possível mergulhar no mesmo rio
E com frio gemer o mesmo nome
Não penso em roubar a mesma estrela
Desenhar em nuvens aquele sonho
Suponho que o coração tenha outra fome

Não me impressionam as pedras raras
Nem morro a margem de amor impossível
Quando visível é a raridade do próprio sentimento

Não vejo graça na perfeição
Nem nos versos friamente coloridos
Quando sentidos imperfeitos me tornam mais humano
Não vejo nenhuma firmeza em nó
Depois de ter esculpido o primeiro laço
Ligar sentimento por embaraço seria um triste engano

Meu plano de pintar novos versos
Inversos aos antigos escritos
Pode até não ser infalível
Mas “impossível” apaguei do dicionário
Quando escolhi preparar o cenário
Com as minhas próprias mãos

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