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Sorriso fantasma



Tinha naquele sorriso apostado o futuro
E hoje os mesmos lábios alegres
Desenhados com o mesmo traço seguro
Traziam um sentido distorcido

Os lindos e vivos olhos de antes
Estavam vagando mortos
Escondidos num Rosto
Apático de fantasma
Coadjuvando numa tentativa frustrada
De encenar o velho sorriso de sempre.

Tinha medo de enfrentar no presente
A linda e rara flor do amor finado
Que ao perder pétala por pétala
Repetia friamente numa música surda:
Mal te quer... mal te quer...
No mesmo compasso,
O coração em calafrios batia
E deixava de bater.

Vi o futuro reviver enquanto o passado
Perdia uma parcela do seu sentido original.

Ali, sorrindo pra mim
Enquanto recitava pro vento
Minhas experiências de amor
E meus desejos de eternidade
Não estava mais a quente alma que me inspirava
Estava vagando a minha frente
Um fantasma de sorriso forjado
Que me trazia lembranças embaçadas
De um distante e quase esquecido passado.

14 comentários:

Janaína Barros disse...

Poxa,foi fantástico! Muiito massa,parabéna Vini!

Anônimo disse...

Marielle BDE
Poema um pouco sombrio... Sensível.

Anônimo disse...

JULENI ANDRADE BDE
Destaco:
"Tinha medo de enfrentar no presente
A linda e rara flor do amor finado
Que ao perder pétala por pétala
Repetia friamente numa música surda:
Mal te quer... mal te quer...
No mesmo compasso em que
O coração em calafrios batia
E deixava de bater."

Vini de Oliveira disse...

É Mari enfrentei momentos sombrios ontem... e queria registrar e extrair do peito... compartilhar com vcs!

Vlw Ju...

Anônimo disse...

Junim BDE
Eita porra, hein? Seja lá o que for que tu passou, foi foda de ruim.

Vini de Oliveira disse...

Pra falar a verdade foi sombrio, mas o resultado foi foda de bom!!! Mas não vou falar muito não se nao o poema perde a graça!


VLW Junim!!!
Por falar nisso o texto do Zero tava de ferrar!
kakakakak

Anônimo disse...

Marielle BDE

Identifiquei muito com o seu poema, Vini, essa é que é a verdade. O que passei demorou de ser superado, rendendo-me mais de 100 poemas. Nem parecem mais com o que sou agora.

Anônimo disse...

Creito BDE
profundo, Vini. gostei bastante do poema!
teve uns lugares que senti falta de pontuação.

agora, leia isso aqui, sem a parte que destaquei :

No mesmo compasso, em que
O coração em calafrios batia
E deixava de bater.

Anônimo disse...

Creito
acho que muita gente vai se identificar com esse. eu vi as imagens, aqui, na minha frente. como que se o que vivi fosse hoje.

Anônimo disse...

Ingrid BDE

Gostei

Anônimo disse...

Miguel BDE

cara, gostei bastante
um tema muito forte, pouca gente consegue retratar bem sem cair na choramingação, parabéns!
se me permite uma idéia, repetiria menos algumas palavras, mas só isso
um abraço!

Vini de Oliveira disse...

Mari... passei dias e noites escrevendo poemas tentando entender a falta, preencher as lacunas e reviver o passado! Esse meu período rendeu um blog, um livro de uma única unidade, lágrimas espremidas, diversos velórios de um mesmo amor... e agora está tudo bem... virou fantasma de sorriso amarelo e olhar embaçado. Enfim... que bom que causei isso em todos, assim não me sinto tão sozinho como costumamos nos sentir em momentos assim. Um brinde ao bar sempre com mesas repletas de gente pra conversar!
kkkkkkkkk



Seu Creito, espero que muita gente leia pra se identificar, assim me sentirei menos sozinho. E tem uma galera que ainda está na fase de transição que vai ver esperança no fim do túneo: O AMOR PRESENTE PODE SIM VIRAR APENAS CALAFRIO DE ALMA PENADA OU DE AMOR PASSADO.

Grato INGRID.

Vlw Miguel, eu sempre caio nessa repetição. Eu creio que seja pelo fato de algumas palavras serem repetidas direto no inconsciente como sopro de anjo ou coisa assim. Choramingar? Já o fiz também, mas não hoje, não agora e espero que choraminguem muito menos a cada experiência vivida! ABRAÇO, fico grato com a visita!

Anônimo disse...

Fulana BDE
"Tinha medo de enfrentar no presente
A linda e rara flor do amor finado
Que ao perder pétala por pétala
Repetia friamente numa música surda:
Mal te quer... mal te quer...
No mesmo compasso em que
O coração em calafrios batia
E deixava de bater."

Gostei dessa estrofe, porém, acho desnecessário dizer que a rara flor é linda, toda flor tem sua beleza e acho que o verso soaria mais contundente se fosse

A rara flor do amor finado.

A palavra linda não influencia em nada, nem em ritmo, nem em significado, tá sobrando na minha opinião.

Vini de Oliveira disse...

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